Açafrão da terra

“Mas é um ótimo remédio. Eu sentia uma dor assim nos peitos, no ombro. Dor de coração porque eu tenho a veia entupida. Eu tava lá na casa da minha filha, não podia nem falar. Aquela dor não saía fala, mas graças a deus com o açafrão, o alho e o azeite … E agora eu tô misturando o ora pro nobis junto.”

(Dona Helia)

Nome Científico: Curcuma longa.
Nomes Populares: Açafrão da Terra, Curcuma, Açafrão, Açafroa, Açafrão da Índia, Açafroeiro da Índia, Batatinha Amarela, Gengibre Amarelo, Gengibre Dourada, Mangarataia, Raiz de Açafroeiro, no Brasil; Curcuma di Levane, na Itália; Cúrcuma, Açafrão da Índia

No Brasil o que chamamos de açafrão trata-se da cúrcuma longa que é da família do gengibre. Conhecida também como tumérico, é originária da Ásia (Índia e Indonésia), foi introduzida no Brasil na época colonial e hoje cresce de forma espontânea em várias partes do país.
Seu princípio ativo é a curcumina que tem sido amplamente estudada e possui diversas indicações. Hoje, ele saiu da cozinha e está presente na prática clínica de maneira ampla. No esporte, por exemplo, a cúrcuma pode ser recomendada para combater inflamações e estresse oxidativo, reduzindo dores e danos musculares, melhorando a recuperação e performance. Estudos apontam seu potencial para colaborar no tratamento de doenças inflamatórias, cânceres autoimunes, doenças neurodegenerativas, doenças cardiovasculares, depressão, diabetes, obesidade e aterosclerose.

Cada planta tem seus poderes, que associados ou não, como na temperada de seu Orides, são medicina. E no contexto pesquisado, está relacionada também à rezas, banhos, cantos e rituais de cura. A Planta viaja e cresce em diferentes contextos, é plantada ou coletada. Está no território, é visível na paisagem e antropologicamente tangível, pois está na memória e na identidade de seus fazedores. As receitas de cura são passadas de forma oral, narrativa, falada ou cantada. A planta está no ciclo de vida das raizeiras, raizeiros, rezadeiras, rezadeiros, curandeiras e curandeiros da região há mais de 300 anos. A partir de matrizes culturais africanas, indígenas e europeias, a história de conhecimento e uso destas plantas co-funde-se à própria história de ocupação deste lugar. Mais de 80 tipos de plantas foram referidas nas entrevistas, conversas e visitas aos quintais das mestras e mestres. A seguir apresentamos apenas um recorte amostral desta variedade de espécies manejadas pela população da região em suas práticas tradicionais de cura.


Tags: Dona Hélia.

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