Fumo
“Essa não é pra você tomar não, essa é pra banho. Não, não é tomar banho. É quando você tem um negócio …
Eu sei que o fumo é bom contra o mal, essas coisas. E você sabe onde tem fumo não dá cobra?”(Dona Hélia)
Nome científico: Nicotiana tabacum L.
Nomes populares: Erva-santa e Tabaco
Nativa da América Tropical e Subtropical, foi disseminada pelas grandes navegações portuguesas e é hoje comercialmente cultivada em todo o mundo. Seu uso remonta milhares de anos e foi uma das principais culturas de algumas regiões brasileiras ao longo de vários séculos. Muito popular entre as populações ameríndias, os primeiros a cultivarem esta planta, é utilizada como planta de poder em diversos rituais por praticamente todos os povos originários das Américas. Remédio para “todas as doenças” foi com os indígenas brasileiros, que os colonizadores aprenderam a pulverizar o pó sobre feridas para auxiliar na cicatrização e a fumar para diminuir o tédio das viagens marítimas.
Levada para Portugal, o tabaco foi plantado nos jardins da Infanta D. Maria e passou a ser cultivada pela Farmácia Real em Lisboa. Na França o tabaco prosperou por influência da rainha Catarina de Médici, que tinha como embaixador em Portugal Jean Nicot, quem propagou seu uso (esta influência foi tal que o nome científico do tabaco passou a ser Nicotiana tabacum).
Esta planta anual robusta de 2,5 m de altura, pouco ramificada, possui folhas grandes e verdes e flores brancas. Há mais de 60 espécies (N. rustica, N. petunoides, etc.), entretanto somente a Nicotiana tabacum tem interesse, pois é a única que sintetiza o alcalóide nicotina, substância que estimula a síntese da dopamina no cérebro provocando a sensação de prazer e bem estar. As formas de uso comum do tabaco são: fumar ou inalar através de cigarro, charuto, cachimbo, rapé e mascar.