Cipó chumbo
“Cipó chumbo foi minha mãe que ensinou, ela pegava um punhadinho assim e colocava no mel, quando não tem mel a gente usa açúcar mascavo, bota com pouquinho de água, muito pouca mesmo e faz o xarope. É muito bom pra tosse. Muito bom mesmo. Aí serve inté pra tosse de pigarro, de fumo. Aí isso aí é muito bom pra isso.
Ele não tem pé não, é gerado aqui. Ele tem semente, mas agora ele não tá com semente. Ele dá flor. Olha a flor dele aqui. Nasce aqui mesmo em cima de outra planta. A muda é só você panhar um galhinho assim e botar em cima de uma árvore que vai dar. Isso aí eu panhei lá na beira do caminho, trouxe um galhinho e botei aí. Botei um tantinho assim, ó”
(Dona Luzia)
Nome Científico: Cuscuta racemosa,
Nomes populares: Tinge-ovos, cipó-dourado, espaguete, fios-de-ovos, fios-de-ouro e aletria.
Nativa do Brasil, encontrada no Cerrado e na Mata Atlântica. O cipó-chumbo é caracterizado pela coloração amarela e por seu aspecto filamentoso que lembra fios de ovos. Suas folhas são reduzidas a escamas muito pequenas ou mesmo ausentes. É uma planta parasita encontrada em quase todas as regiões brasileiras. Comum em beiras de estradas, pastagens e terrenos baldios, está sempre emaranhada em outra planta hospedeira que lhe garante alimento.
Ele é utilizado na medicina popular para facilitação da digestão, para cicatrização de feridas, queimaduras, alívio de tosses e dos terríveis furúnculos, em forma de chá, cataplasma ou em pó para feridas, irritações e queimaduras da pele.